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Com foco no desenvolvimento: novos modelos


Com o foco no desenvolvimento: a nova evolução nos modelos de saúde

Este é um resumo do artigo publicado no Journal of Developmental Behavioral Pediatrics, 2016, que revisou estes três modelos que norteou os estudos desde o final do século XIX até os dias de hoje.

O modelo biomédico que se baseia fundamentalmente nas áreas biológicas, como a anatomia, histologia, fisiologia e assim por diante numa linha reducionista de pensar a doença, que ainda faz parte de muitos currículos de faculdades médicas contemporâneas, excluindo as ciências sociais da gênese das mesmas, onde saúde é simplesmente a ausência de doença.

No modelo biopsicossocial de saúde a base foi na teoria social-cognitiva, sem o dualismo mente-corpo e numa visão mais ampla da saúde na conexão da biologia a psicologia e a sociologia. A saúde é o produto de muitos fatores e bem mais que apenas a ausência de doença.

No modelo atual, ecobiodesenvolvimental, de 2012, tem como base os conhecimentos da ciência do desenvolvimento – epigenética e neurociência – e das respostas adaptativas e não adaptativas às experiências vividas pelo indivíduo – conceituando stress tóxico - e do conhecimento das origens doença e do bem estar. A intima relação e o entendimento de como a ecologia e a biologia interagem em uma maneira dinâmica e cumulativa ao longo do tempo. A saúde é um continuum entre doença e bem estar.

As ciências básicas na saúde fundamentam as pesquisas, os conceitos, ensinam a geração seguinte dos gestores nas mudanças das políticas de saúde. Este artigo revisa a evolução deste tema partindo de um modelo biomédico tradicional para um modelo biopsicossocial e ecobiodesenvolvimental (EBD). Esses novos paradigmas reafirmam a importância biológica nos achados psicossociais dentro de uma ecologia do indivíduo, com efeito em um nível molecular (nos conceitos da epigenética, na metilação do DNA), quanto no nível celular (na conectividade cerebral). No modelo EBD é adicionado o conceito do tempo, que conduz o pensamento para a linha do desenvolvimento e das experiências prévias, refletindo nos aspectos psicossociais e biológicos. Para o sistema de saúde se mover de uma forma reativa dos “cuidados da doença” para uma posição proativa de um sistema de “cuidados do bem estar”, os gestores devem a começar a pensar de forma desenvolvimental. Apropiando-se dos conhecimentos dinâmicos e cumulativos da interrelação entre natureza e ambiente que move o desenvolvimento, comportamento e a saúde do individuo ao longo da vida.

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