O risco de Autismo em irmãos mais jovens quando o mais velho tem o transtorno.

O risco de transtorno do espectro autista (TEA) está aumentado em irmãos mais novos de crianças já com o diagnóstico de TEA?

Este estudo foi feito numa coorte histórica, na Califórnia (USA), com dados de base populacional de crianças nascidas de gestação única, que avaliou os registros de 2001 até 2010, em aproximadamente 54 mil crianças.

Foram excluídas do estudo as gestações múltiplas, feto morto ou morte neonatal, prematuros e pós-datas (<28 ou >42 semanas), crianças sem irmãos mais velhos dentro deste período de tempo do estudo e aquelas que deixaram de fazer os acompanhamentos pelo sistema.

O critério para o diagnóstico foi feito com base o DSM-IV-TR.

Deste total a prevalência de TEA foi de 1,11% e a taxa de TEA entre os irmãos mais novos quando os mais velhos também estavam afetados foi de 11,3 %, o oposto foi de 0,92%.

O estudo também evidenciou que se o irmão mais novo de uma criança afetada for menino, a associação foi maior (44,5 %) do que se for menina (8,11%).

Em contraste, os irmãos mais novos sem TEA a maioria dos irmãos mais velhos não eram afetadas também (98,33%).

O estudo pode demonstrar que o risco de receber um diagnóstico de TEA é quase 14 vezes maior se tiver um irmão mais velho com esse diagnóstico, e é levemente maior se este irmão mais velho for do sexo feminino.

O ponto forte deste estudo é por ser de base populacional, tamanho da amostra grande e na análise estatística de vários fatores confundidores.

Os pontos de crítica se repousa na média de idade em que foi feito o diagnóstico (2,5 anos), onde usualmente é feito por vota dos 4-5 anos.

Segundo, o diagnóstico de TEA nos irmãos mais velhos só foi feito por este estudo naqueles casos que nasceram durante o período.

Terceiro, ter usado o DSM-IV-TR e hoje os critérios são a versão V, conforme os autores reduz o número de casos.

E por fim não foi comparado a condição de ser meio irmão, apenas os casos de irmãos de mesmos pais.